quinta-feira, 21 de maio de 2009

O SONHO

Ele acorda mais cedo só para tentar desvendar os sonhos dela,fica horas parado alí na cama admirando seus traços e retraços.As vezes ela se move como se fosse acordar,resmunga alguma coisa que ele não entende e volta ao seu profundo sono,ele continua a velar o descanso da menina de olhos claros, mas não verdes e nem azuis um castanho mais para mél, uma dessas misturas de poloneses com filha de índia que só poderia ter dado em tal beleza.
Ele continua na tentativa, nesse momento ela abre os olhos e com a mesma rapidez volta a dormir.Em um respiro aliviado por saber que ainda tem chances de fazer tal descoberta ele tenta ouvir mais de perto seu respiro na esperança que saia alguma palavra ou até mesmo uma letra que possa o ajudar,tira o cabelo dela do rosto,acaricia sua face e lhe dá um beijo, ela sorri...ele assustado por pensar que a acordou se afasta e ela suavemente volta ao seu estado normal.
Resolve esquentar um café e preparar alguma coisa para comer, por algums istantes o corpo fica sozinho na imensa cama...na volta de seu matinal ele percebe que ela nao esta mais, ouve que o chuveiro esta ligado e percebe que foi traido por sua fome.
Ao sair do banho ela entra no quarto com um sorrisso tão lindo que o faz esquecer de sua decepção,um beijo,um bom dia e ao servir o café ela diz ter sonhado mas que não lembra o que...ele a olha nos olhos e solta um sorrisso leve quase despercebido e só a responde com um TE AMO.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

NA PALMA DA MAO

EU ME RESUMO NO MEU APARTAMENTO.
MEU APARTAMENTO SE RESUME NO MEU QUARTO.
MEU QUARTO SE RESUME NO MEU MUNDO…EU SOU TÃO PEQUENO.
E MANHATAN É SÓ UMA ILHA.

sábado, 9 de maio de 2009

BRINCADERIA DE CRIANCA

Minha caneta embreagada de tinta abusa de mim tenta escrever o que as vezes não sei expressar, "UNA PLUMA ENFERMA"como diria um grande amigo que não vejo a alguns anos e logo eu que primeiro ebreago o copo e depois em uma só golada o ajudo a se livrar do vício,logo eu você escolheu para escrever a vida?.Se queres usar minhas mãos que use...mas não tente fermentar a minha inteligência para vender na esquina como bebida de butequim,minha poesia não pode ser tragada como licor barato, sou trago caro poeta doze anos,não tente me iludir tentando me convencer de que preencher todo o caderno é escrever um livro sendo que sei que um guardanapo pode virar pergaminho e levar profecias.Minha caneta falha e já não escreve como antes as letras,virgúlas e todos os acentos se apagam se misturando com o branco da folha...o tempo vôa, as penas caem e talves o sonhador morra mas os sonhos permanecem colorindo a vida e alimentando os corações apaixonados que flutuam pelo mundo

MITOS DA PERIFERIA


Alquimistas de sonhos,profecias do ontem,mitologias dos guetos.
O mundo nada mais é que uma caixa de pândora,favelas e vielas mais parecem labirintos de creta onde minotáuros armados com fuzis esperam o ataque daqueles que se acham hérois como Teseu na grécia antiga.
Campo de futebol,olimpo de um Deus que veste a camisa dez, corredores apavorados com seus chinelos alados atrás de liberdade e em meio a essa olimpiada,pivetes,muleques...pans que fazem travessuras nos bosques periféircos, não muito longe existe um mundo de sonhos onde bacos e bacantes vivem em festa,um céu que nem Ícaro ou Galileu conseguiriam explicar, um mundo onde todos querem ser midas e ter orelhas de asno não faz mal algum desde que a carroça seja de ouro. Narcisos ludicamente apaixonados pois ainda não conhecem o espelho da realidade onde o presente pode ser de grego o passado pode ser de tróia mas o futuro esse só a ti pertence.

TEMPO DIFICEIS

Capitando o capitalismo,capitalizando o meu conformismo foi que eu vi o quanto sou barato,o quanto a minha arte baixou de preço mesmo achando que para o artsita a arte é incalculável se tratando de valores. Mas tambem acho que para a racionalidade deste é inevitável a necessidade da matéria,hoje encontro minha sensibilidade na beira de um abismo gritando poesias e os ecos de meus versos não respondem minhas perguntas sou mercadoria em liquidação,anúncio barato em folhetim promocional estou quase perdendo a validade e sendo jogado no lixo e olha que um dia eu ja voei tenho saudade do céu e da vista lá de cima bem que percebi minhas asas sendo cortadas no meu voo até aqui o dinheiro que trago no bolso é impotente na minha criatividade mas minha criatividade não sente falta na sua ausência,roda da vida que as vezes para,roda da vida que as vezes atropela,roda da vida que roda,roda e roda e muitas vezes me deixa tonto, eterna procissão velando o futuro minha alma pesa em meio a tanto materialismo lágrimas caem ao chão como centavos que não vale nada, a vida é moeda em baixa na bolsa de valores,bijuteria vendida no camelô,não importa quem você é mas o que você tem,isso faz com que as pessoas te "amem" sono que me cobra para sonhar e quando acordo tenho que continuar pagando,sou dividendo dos meus desejos e os juros são altos... é os tempos estão difícies para os homems que sonham.

SECULO XXI


A cena foi filmada um tapa na cara e a farda estufada
O corre corre é geral uma manada virtual
O ego da justiça em nove milímetros de ferro o sono da criança atrapalhada por um berro
É o barulho da sirene é o chinelo estourado o corre corre ladrão é a polícia para todo lado
O sino da igreja e o batuque do terreiro a oração católica a mandinga e o macumbeiro
É  o sinal da cruz a vela e a encruzilhada o barulho vai do choro,helicóptero e rajada
O soldado, o cavalo, a espada e o sacode em meio a bagunça nos confundem a S.Jorge
A lei mata mais um ogunhê meu pai Ogum me proteja minha mãe Oxum deste século vinte um
A cena foi filmada em uma única tomada a cena foi filmada.

SOU CAPACHO NA PORTA DO MUNDO ESPERANDO A SOLA SUJA DE ESTRUME
UM CACO DE VIDRO NA AREIA DA PRAIA ESPERANDO SER PISADO PARA SER NOTADO
UM SER INVISÍVEL, VENDO TUDO.
UM NADA NO CENTRO DO MUNDO.
NADA?
TUDO?
MUNDO?
O TUDO JÁ FOI NADA…E O NADA TUDO DE ALGUEM.
A MINHA HUMILDE CASA É O MEU PALACETE
SOU BOBO DA CORTE QUE CHORA COM AS PIADAS DO REI
INVEJO OS MENDIGOS E SEUS CACHORROS
TÃO FIÉIS E TÃO LEAIS
UM CASAMENTO SEM MENTIRAS!!!
NA SAÚDE,NA DOENÇA,NA POBREZA E NA RIQUEZA…ATÉ QUE A MORTE O SEPAREM.
AMÉM!!!
NESTE MOMENTO SOU LÁGRIMA SECA,SÓLIDA…QUE QUEBRA.
UM BONECO FRÁGIL DE PORCELANA.
SOU SONHADOR NA JANELA…VENDO A BANDA DA VIDA PASSAR CANTANDO COISAS DE AMOR.
CARNAVAL SEM SERPENTINAS, SEM SACANAGEM.
SOU QUARTA FEIRA DE CINZAS
NA VERDADE EU SÓ QUERIA TIRAR ESSA ROUPA E VESTIR O NÚ
TIRAR ESSA MÁSCARA E DEIXAR QUE ME VEJAM COMO SOU
MAS NESTE BAILE QUEM NÃO TEM MÁSCARA NAO ENTRA
QUEM VESTE O NÚ NÃO GANHA O PRÊMIO DE MELHOR FÂNTASIA
QUEM NÃO SABE DANÇAR TAMBEM NÃO SEGURA A CRIANÇA
SOU ADOLESCENTE COM MAIS DE TRINTA QUE NÃO SABE O QUE QUER
NA VERDADE SÓ QUERIA PARAR DE QUERER
PARA VER O QUE É QUE ME QUER.

FACES DA VIDA

POR TRÁS DE CADA SER EXISTE UMA MASCARA,UM PERSONAGEM UM FAZ DE CONTA, UM MUNDO DE SENTIMENTOS ESTRANHOS QUE TALVES NUNCA SEJA APRESENTADO!!!

TELECOTECO

MALANDRAMENTE FALANDO NO BALCÃO DO BOTEQUIM, VI A MALANDRAGEM ENROLAR O MALANDRO O MALANDRO SE ENROLANDO FOI SE ACHANDO MAIS MALANDRO E ASSIM A MALANDRAGEM SE ESQUIVANDO.
NAS PALAVRAS QUE SAIA QUEM OUVIA NÃO SABIA O QUE O TAL MALANDRO QUERIA.
A GUIA NO PESCOÇO COMEÇOU A DESLIZAR E O MALANDRO SEM PERCEBER PERDIA O PATUÁ,MALANDRAGEM BEM DE LONGE SÓ OLHAVA O MOVIMENTO OS QUE ESTAVAM FORA E OS QUE ESTAVAM DENTRO.
TECO TELECOTECO ERA O SAMBA NO BOTECO EM MEIO A BATUCADA O MALANDRO LEVOU TECO
MALANDRAGEM MUITO VIVA FOI SAINDO A FRANCESA RINDO DO MALANDRO QUE CAIU ATRÁS DA MESA
NO CANTO DO BOTECO BÊBADO LÚCIDO CANTAROLANDO.
“MALANDRAGEM É MAIS MALANDRA QUE O MALANDRO”
NO CANTO DO BUTECO FILOSOFO HILÁRIO.
“MALANDRAGEM É MALANDRA E MALANDRO É OTÁRIO”

ERAM OS DEUSES ASTRONAUTAS


Vi Deus tatuando as estrelas e a lua no céu.
Sementes cadentes plantadas em buracos negros,jardim celestial,chuva de meteoros quebrando os guardas chuvas do mundo,aviões caindo sobre os edifícios e os edifícios nas cabeças dos homens.
Gravidade descontrolada,guerra espacial,terrorismo da natureza.
Vi o verão prendendo o inverno porque ele havia matado a primavera por ela amar o outono, crime passional...aqui jaz uma estação.
Lágrimas misturadas com o suor furam a camada de ozônio e em meio a tudo isso,sentado sobre sol um anjo busca paz acendendo seu baseado em pleno efeito estufa.
Loucura divina !
A procura de alguma sanidade vejo um urubu de máscara de oxigênio urubuservando e reclamando que o mundo está cheio de carniça.
Os Deuses devem estar loucos !

MALANDROGIA

AS VEZES POETA
AS VEZES MALANDRO
NO ANDAR O SAMBA E NO OLHAR O TANGO
AS VEZES SAPATO,AS VEZES SANDÁLIA
NO BOLSO CANETA ,NO BOLSO NAVALHA
SEMPRE A MULHER AS VEZES A AMANTE
NA CAMA O SEXO E NO JANTAR O SEMBLANTE
NO BOTECO CACHAÇA,FUTEBOL E ARTILHEIRO
A CARTEIRA VAZIA AS VEZES DINHEIRO
O DESPERTAR A NOITE O ADORMECER DE DIA
AS VEZES O LAR MAS SEMPRE BOHEMIA
POETA OU MALANDRO?
ANALOGIA
O MALANDRO NASCE,O POETA SE CRIA
O POETA É O MALANDRO QUE OUVE AO CORAÇÃO
O MALANDRO É O POETA QUE OUVE A RAZÃO
POESIA É MALANDRAGEM QUE CONQUISTA O QUE QUER
MALANDRAGEM É POESIA EM SORRISSO DE MULHER.

buraco negro

SOLIDÃO NO DESERTO PROCURANDO COGUMELO EM ESTRUME DE CAMÊLO,TENTANDO ENCONTRAR UMA MIRAGEM QUE SEJA UM POUCO MELHOR DO QUE A REALIDADE PRESENTE.
BEBENDO A LÁGRIMA DE UM CACTO ENCHERGA QUE A VIDA NÃO E SÓ FEITA DE ESPINHOS.
DUENDES DE TURBANTES FUMANDO NAQUÍLE EM VOLTA DA FOGUEIRA.
TEMPESTADE DE AREIA.
CHUVA DE ESTRELAS ENCHARCAM OS SONHOS DE LUZ…PLANETÁRIO A OLHO NÚ.
ASSIM A VIDA VAI SE TORNANDO CELESTIAL
ATÉ QUE UM DIA VOLTANDO AO PÓ A ALMA PEGA CARONA NO RABO DO COMETA E JUNTA-SE A CONSTELAÇaO…VIRANDO PASSADO.